A avaliação neuropsicológica do idoso é um processo de mapeamento global dos aspectos cognitivos e comportamentais na terceira idade, permitindo a predição ou identificação de pontos que demandem atenção especial. Para Azambuja (2007), a avaliação neuropsicológica do idoso busca descrever o perfil neuropsicológico do paciente, através da investigação e diagnóstico de sinais de déficits ou inadequações no funcionamento cognitivo-comportamental.
Este processo é conduzido por profissionais com título de Especialista em Neuropsicologia (preferencialmente reconhecidos pelo Conselho Federal de Psicologia), com o uso de instrumentos e técnicas, como entrevistas, avaliação documental, observação clínica e aplicação de inventários, escalas e testes neuropsicológicos.
Como funciona o processo?
O atendimento do idoso se inicia com uma sessão com o próprio paciente, muitas vezes acompanhados dos filhos ou conjuges, a depender do seu grau de comprometimento. Normalmente, as pessoas chegam ao consultório munidas de um encaminhamento de médicos neurologistas, neurocirurgiões, geriatras ou psiquiatras, de outros profissionais da saúde, como psicólogos, fonoaudiólogos, ou terapeutas ocupacionais.
São diversas as razões que levam estes profissionais a solicitarem uma avaliação neuropsicológica do idoso, como: sequelas decorrentes de acidentes vasculares cerebrais (AVCs), declínio da memória causada pelo envelhecimento, processos demenciais (Mal de Alzheimer, demência vascular, demência dos Corpos de Lewy, dentre outras), ou até mesmo por déficit de atenção ou alterações comportamentais, além de perdas cognitivas decorrentes de convulsões, de processos infecciosos ou inflamatórios no cérebro, dificuldades resultantes de processos de neurocirurgia ou tumores, dentre outros.
Vale lembrar que também há demanda espontânea, ou seja, pessoas que chegam ao consultório por conta própria, porque observaram facilidades ou dificuldades cognitivas ou comportamentais em si ou em algum dos seus familiares.
Em um segundo momento, o profissional atenderá o idoso, explicando de forma adequada os procedimentos que serão realizados como as tarefas e testes neuropsicológicos, iniciando por instrumentos de triagem. Todos os instrumentos utilizados, tem linguagem apropriada para a terceira idade e serão realizados com acompanhamento direta do profissional, que também realizará a observação clínica dos comportamentos e atitudes do paciente.
A maioria dos processos exigem durante este segundo momento que o profissional faça uma análise documental observando laudos de exames de imagem (tomografia, ressonância, raio-X, dentre outros) e, também, laudos médicos, psicológicos e fonoaudiológicos. Portanto, sempre que solicitado, leve ou encaminhe a cópia destes materiais na primeira sessão para o neuropsicólogo.
A terceira etapa do processo, constitui-se na construção do laudo. O profissional irá organizar todos as informações coletadas, realizará a correção e interpretação dos instrumentos e fará um estudo de caso, para construção de um documento que descreverá o funcionamento cognitivo e comportamental do paciente, assim como fará a proposição das possíveis medidas interventivas e encaminhamentos, quando necessário.
Por fim, a última etapa é a sessão de devolutiva, onde o idoso ou seus responsáveis (conjuge, filhos, etc.) serão convidados a retornarem ao consultório para receber o documento produzido, assim como as explicações acerca do processo e seus resultados, pelo próprio neuropsicólogo.
Para que este procedimento seja bem feito, recomendo sempre que procure um especialista em neuropsicologia que seja reconhecido pelo Conselho Federal de Psicologia na sua localidade. Caso esteja ou venha a São Luís, pode contar comigo!
Caso tenha dúvidas sobre a avaliação neuropsicológica do idoso ou necessite deste serviço, entre em contato comigo através do meu WhatsApp (98) 98893-5058.
Por: Thiago Linhares
Psicólogo CRP 22/1834
Especialista em Neuropsicologia
Referências
Azambuja, L. S. (2007). Avaliação neuropsicológica do idoso. RBCEH, 4 (2), 40-45.
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